800 Anos do Memoriale Propositi: Encontro Além Fronteiras com a Fraternidade Santo Antônio dos Pobres de Volta Redonda

 "Olhar para o passado com gratidão, viver o presente com paixão, abraçar o futuro com esperança. (Papa Francisco)"





No domingo dia 27/06 nos reunimos virtualmente com a Fraternidade Santo Antônio dos Pobres para mais um Encontro Além Fronteiras com ao tema: 800 Anos do Memoriale Propositi.

Iniciamos com a Celebração da Palavra na estrutura do Ofício das Comunidades e nele fizemos a Oração para Tempo de Pandemia:


Pai de bondade!
Há mais de um ano, temos chorado por tantos irmãos e irmãs que a triste e violenta pandemia arrancou de junto de nós.
Chegamos agora a quinhentos mil mortos.
Não são apenas números! São pessoas! São nossos filhos e filhas, irmãos, irmãs, amigos, parentes, conterrâneos.
Sabemos que uma única morte já é suficiente para entristecer nossos corações.
Quanto mais todas essas mortes, muitas vezes sem o mínimo necessário para o tratamento digno como ser humano.
Por isso, hoje vos pedimos:
acolhei cada um desses filhos e filhas e concedei-lhes a paz eterna!
E a nós dai a graça de trabalhar por um mundo onde se respire solidariedade, acolhimento, partilha, compreensão e resiliência.
Que nossas lágrimas nos lavem da indiferença, do egoísmo e da omissão!
Que a saudade seja estímulo à fraternidade!
E que a fé seja o sustento de nossa esperança!
Pela intercessão da Virgem Mãe Aparecida, olhai pelo Brasil, olhai pelo povo brasileiro.
Amém.

Iniciando então nossa formação com Frei Zeca (TOR), fizemos memória histórica desde o início dos movimentos penitenciais. Dentre o exposto, seguem foram feitas algumas observações:

  • A partir de 1289 as regras tomaram caminhos diferentes de acordo com a caminhada de identidade.
  • As comunidades de vida moravam próximas às igrejas devido às obras de misericórdia, ou seja, as comunidades de vida como conhecemos hoje na verdade já existiam, não é uma novidade na igreja.
  • Se observarmos a regra da OFS e a regra da TOR encontraremos elementos comuns. Como o nosso carisma está ligado à regra agora?
  • Francisco de Assis fundou a Terceira Ordem como penitente, com um vigor novo para os movimentos que já existiam, de forma espiritual e histórica e não legislativa
  • Quando professamos, estamos alinhados e vivemos os traços desejados por Francisco?
  • Historicamente por quê a OFS quis ser chamada de Secular e não Terceira Ordem? Houve uma Assembléia em 1978 onde houve essa modificação por questão de encontro com a própria identidade.
  • O que é ser leigo na igreja hoje? 
Não é sobre falarmos de "coisa velha" mas sim de nossa história. A base está na época medieval mas não a segurança do carisma. Baseando-se nisto, devemos olhar para frente atentos e atentas as necessidades do tempo atual, fazendo a leitura a partir do estudo.

Falando em atualidades, a forma como o Papa Francisco vem trazendo é a "nossa praia" como penitentes. Ele foi redator do Documento de Aparecida e continua no resgate do Concílio Vaticano II. Após ele, vieram outros documentos. Papa Francisco fala sobre conversão e esse é tema nosso, do caminho penitencial e mais do que nunca devemos retomar o CV II.

Dois Pontos: há um lugar na história que não podemos deixar passar na nossa vida e qual o lugar nosso na história que vai além do devocional - Somos penitentes que com as obras de misericórdia vai para uma igreja em saída.


Algumas considerações


  • Nossa missão é para fora da igreja - não é intraeclesial mas extraeclesial.
  • Vivemos um tempo propício para o nosso Carisma Franciscano Secular
  • Fazer uma análise profunda: o que é um cristão nos tempos medievais (Século XIII) e o que é ser cristão nos tempos de hoje?
  • Primeiramente, o franciscano, deve viver o evangelho. Diante de algum determinado problema, o que Jesus faria? 
  • Não ficar preso na origem não quer dizer perder a essência mas atualizar para os tempos atuais - união de passado, presente e futuro - com o olhar de ação do Espírito Santo que é atemporal
  • Reconciliar-se com Deus e reconciliar-se com o irmão, cuidando e sarando as feridas.
  • Sem o processo de conversão a vocação acaba sendo "levada com a barriga"; a reconciliação deve ser constante. A OFS, a ordem, não é nossa mas de Deus.

Diante de todo o exposto, ao final cantamos uma bela música ao som de violão - a arte nos traz força para retomar e transformar a vida.


Paz e bem!




Edição: Sandra Regina de Oliveira OFS (texto e imagem)
Fonte: Material de Formação - Frei Zeca
Imagens: Busca Google

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