Maria, Mãe de Jesus e Nossa Mãe

Uma homenagem às mães...

Maria e a Santíssima Trindade
A formação mariana nos leva a conhecer em profundidade Nossa Senhora, A ESCOLHIDA, desde toda eternidade, para ser a mãe de Jesus Cristo, Filho de Deus e Salvador dos homens, ontem, hoje e sempre. Mostra-nos claramente sua profunda relação com a Santíssima Trindade, sendo:

- filha predileta de Deus-Pai;
- mãe amorosa e carinhosa de Deus-Filho;
- esposa fiel de Deus-Espírito Santo.

Maria na Bíblia
Referente a ela, Deus afirma, após a queda no paraíso: “Porei inimizade entre ti, serpente infernal, e a mulher, entre tua descendência e a dela. Ela te esmagará a cabeça e tu tentarás feri-la no calcanhar” (Gn 3,15). É dela que Isaias profetizou: “Eis que uma virgem conceberá e dará a luz um filho e seu nome será Emanuel, isto é, Deus Conosco.” (Is 7,14). A ela o anjo Gabriel saudou: “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28). Foi ela que se colocou disponível para que o plano da salvação de Deus se realizasse: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a tua palavra” (Lc 1,38). De serva do Senhor, se torna servidora da humanidade. A ela, Isabel chama de mãe de Deus: “Donde me vem a ventura de ser visitada pela mãe do meu Senhor?” (Jô, 2,3) e se afirma evangelizadora: “Façam tudo o que Ele vos disser” (Jô, 2,5). Ao pé da cruz, no Calvário, ela se torna nossa mãe: “Mulher, eis o teu filho.” “Filho, eis a tua mãe” (Jô 19, 26-27). Ela marca presença em meio aos seus na manhã de Pentecostes: “Todos, unânimes, perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais, Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (At 1,14). E nós hoje a chamamos de ESTRELA DA NOVA EVANGELIZAÇÃO.

Mãe de Deus
            Aos 22 de junho de 431, o Concílio Éfeso definiu explicitamente a maternidade divina de Nossa Senhora. Ela é mãe de Deus (Theotokos). Jesus, Filho da Virgem Maria, é Filho de Deus. Afirma a unidade da pessoa de Jesus Cristo com dupla natureza:

            - Divina – igual a Deus-Pai e a Deus-Espírito-Santo;
            - Humana – gerada pela Virgem Maria, igual a nós homens, menos no pecado.

Virgindade Perpétua
            Conferindo as Escrituras e lendo os escritos dos Santos Padres, o Concílio de Latrão, no ano 649, preconizou, como verdade de fé, a Virgindade Perpétua  de Maria. O Papa Martinho I promulgou que Maria concebeu por obra e Graça do espírito Santo, permanecendo VIRGEM intacta antes, durante e após o parto.

Imaculada Conceição
            Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX definiu, em sua bula “Ineffabilis Deus”, que Maria foi concebida sem pecado, na previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador dos homens.

Assunção de Maria

            O papa Pio XII, em 1º de novembro de 1950, na Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, afirmou que Maria, ao terminar o curso terreno de sua vida, foi levada de corpo e alma à glória celeste. A Assunção manifesta o destino do nosso corpo santificado pela graça.

Natal com Maria
            Maria, que viveu intensamente o Natal de Jesus, convida-nos e ensina-nos a viver um Natal Cristão. Ela, no cenário de Natal, mostra sua importância no contexto da obra redentora de Jesus. Sem Maria não temos Natal, nem entendemos o evangelho, nem se realiza a salvação da humanidade. Maria aceita a missão que Deus lhe confia, cumpre-a com coerência e assume com amor suas conseqüências. Acolhendo Jesus nos braços, expressa com eloqüência como assumir a missão de mãe do Salvador. Não estava em seus planos ser mãe, mas o “sim” consciente à proposta de Deus a fez mãe do Messias esperado, do Salvador dos homens. Concebendo por obra e graça do Espírito Santo e gerando a natureza humana de Jesus, ela ofereceu a Deus sua humanidade e acolhe a divindade, assumindo como seu, o Filho de Deus. Com o “Faça-se em mim, segundo a tua palavra”, Maria mostra que a vontade de Deus está acima da vontade humana. Aparece a plena sintonia de Maria com Jesus e seu evangelho. Antes de ser pregado por Jesus, o evangelho foi vivido por Maria. “Meu alimento é fazer a vontade do pai” (Jô 4, 34), iria dizer Jesus. Maria já antes o fizera. Com o “Eis a serva do Senhor” surge surpreendente a coincidência entre Maria e o Evangelho. Jesus insistia na difícil lição do serviço, pois os discípulos tinham enraizada a atitude de competição e ambição de poder. “quem quiser ser o primeiro e maior, seja o servo de todos” (Lc 22, 26), “O que os fiz, fazei-os uns aos outros” (Jô, 13, 14-15), “Não vim para ser servido, mas para servir” (MT 20, 28). Maria já era evangelho vivo do que Jesus iria ensinar.
Concluindo: Maria é exemplo prático de como viver o evangelho. Com Maria aprendermos a acolher Jesus e seu evangelho em nossa vida.

Maria, Mulher Eucarística
            João Paulo II, na “Ecclesia de Eucharistia”, afirma que a Igreja vive a eucaristia  e diz, no capítulo VI, que Maria Santíssima é “mulher eucarística”, pois foi o primeiro sacrário vivo do Filho de Deus, gerando-o por nove meses, no seu seio puríssimo. Foi ela que fez a primeira procissão do Filho de Deus, na sua visita a Santa Isabel. Ela consagrou seu Filho de Deus, no serviço do templo e o ofereceu a Deus no altar da cruz, no Calvário, pela redenção da humanidade. Após Pentecostes, confiada aos cuidados de São João apóstolo e evangelista, a Virgem Maria participava da “fração do pão”, comungando seu próprio filho, feito pão vivo na Eucaristia.

Aparições, Santuários, Títulos e Devoções
            A religiosidade dos fiéis em sua piedade filial para com a Mãe do Céu, invoca a intercessão de Nossa Senhora, sob os mais diversos títulos. Ela, sem dúvida, tudo isso merece, e muito mais ainda.
            As aparições e os santuários dedicados a Nossa Senhora se transforma em locais de peregrinações e de milagres. Bastaria lembrar Fátima (em Portugal), Aparecida (no Brasil), Lourdes (na França) e tantos outros, para comprovar a afluência de multidões na sua devoção e confiança na Mãe de Deus e nossa.
            Uma das maneiras mais simples para venerar Nossa Senhora e contemplar os mistérios de Cristo e a reza do terço (do rosário). Oração mariana, mas profundamente cristológica. O Papa João Paulo II, ao instituir o “ano do Rosário”, pediu a reza do terço, se possível, diária em família, pela paz do mundo e pela união e santificação das famílias.

Fonte: Revista Pegadas. Maio, 2011. Publicação da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.

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