Celebração do Transitus de São Francisco de Assis
A celebração do Transitus de São
Francisco de Assis, tradição das Ordens Franciscanas, encerra o mistério da
vida, morte e ressurreição. Conhecedores desta realidade maravilhosa e, ao
mesmo tempo, angustiante e cheia de esperança, na tarde de hoje em todo o
mundo, os franciscanos, a exemplo do Seráfico Pai, celebram o dom da vida.
Desde esta tarde até as segundas Vésperas do dia seguinte (4/10), toda a
Liturgia se reveste e é celebrada com o grau e caráter de Solenidade.
Quando ouvimos falar em
"trânsito" logo pensamos em carro e nos engarrafamentos das grande
cidades do Brasil, como Rio de Janeiro ou São Paulo, ou de outros Países, como
Nova York, Paris, Madri, Roma ou Lisboa. Mas, aqui no nosso caso, quando falamos
em "trânsito" falamos em "passagem", ou seja, da passagem
de São Francisco de Assis deste mundo para a eternidade, isto é, de sua morte,
acontecida na tarde do dia 3 de outubro de 1226, um sábado. São Franscisco
tinha mais ou menos 44 anos de idade. Ele morreu cantando um salmo, na presença
de seus confrades.
No domingo seguinte, 4 de
outubro, foi sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis; o cortejo
fúnebre passou antes pelo mosteiro de São Damião, para que Santa Clara pudesse
se despedir.
Em quase todos os conventos da
Primeira Ordem (OFM, OFMConv e OFMCap) a solene "Páscoa" do Santo de
Assis, é celebrada como uma paraliturgia, dentro da celebração do ofício de
Vésperas. Portanto, com toda estrutura própria: canto do hino, salmodia, cântico
evangélico, preces... acrescido, em alguns lugares de uma
"encenação", que recorda os últimos momentos do "Alter
Christus" nesta terra dos homens.