IV Encontro de Formação - 29/06/2013
Neste ano, o
tema do IV Encontro de Formação foi “Dai-me
uma fé íntegra, uma esperança firme e uma caridade perfeita” (São Francisco de
Assis) – Vivendo a fé como São Francisco de Assis, e propôs reflexão sobre
o Ano da Fé (2013-2013).
O encontro
iniciou com a saudação e agradecimento de Conceição Messias (Formadora da
Fraternidade Imaculada Conceição – em formação), seguida de oração feita pelo
Frei Aender OFMCap (Assistente Espiritual) e momento de louvor, conduzido por Marcos Cortinovis (Coordenador da Fraternidade Imaculada Conceição - em formação), por Henrique Cortinovis e Denise Meyer (Ambos do Ministério de Música da Paróquia Imaculada Conceição e São Sebastião). Contou com a presença do
Ministério do Acolhimento (Paróquia Imaculada Conceição e São Sebastião) que,
juntamente com os membros da Fraternidade Imaculada Conceição (em formação),
realiza esse encontro anualmente, e contou, também, com a presença de vários convidados,
dentre os quais: Arion (Ministro Regional da OFS), Dalvo (Coordenador
Distrital), membros de outras fraternidades e simpatizantes.
A palestrante
foi Daisy Lúcia F. Martins, Coordenadora de Formação da Regional Sudeste II
(OFS), que iniciou sua exposição com a Oração Diante do Crucifixo:
Glorioso Deus
altíssimo,
iluminai as
trevas do meu coração,
concedei-me uma fé verdadeira,
uma esperança firme
e um amor perfeito.
Dai-me, Senhor,
o (reto) sentir e conhecer,
a fim de eu
possa cumprir o teu sagrado encargo
que na verdade
acabais de dar-me.
Amém.
(S. Francisco de
Assis)
A primeira parte da palestra foi baseada
no documento PORTA FIDEI em que Sua Santidade, o Papa Bento XVI, lembra a necessidade de redescobrir o caminho da fé, para
assim fazer brilhar, com evidência, a
alegria e o renovado entusiasmo
do encontro com Jesus, saindo dos lugares áridos para lugares onde floresce a vida na amizade com o Filho de Deus.
Alguns trechos apresentados para
reflexão:
ü É preciso readquirir o gosto pela
palavra de Deus (Jo 6, 29).
ü O ano a fé acontece numa ocasião em que
estamos festejando o cinquentenário do
Vaticano II, os 20 anos do
catecismo da Igreja Católica e, não menos importante, a convocação de um Sínodo sob o tema: “A
nova evangelização para a transmissão da fé Cristã.”
ü “Acredita-se com o coração e com a boca.
Fazemos a profissão de fé...” (Rm 10,10).
ü Sua santidade (Papa Bento XVI) afirma
que durante este ano somos chamados a manter os olhos fixos em Jesus, “autor e consumador a fé” (Hb 12, 12), pois
todas as angústias e alegrias da humanidade, só encontram plena realização no Mistério da Encarnação, pelo qual Deus
se fez homem e partilhou conosco
as fragilidades humanas. O Amor foi o grande motivo para tamanha prova de
gratuidade. Deus é Amor.
ü Maria Santíssima
fez grandes coisas, porque acreditou. Também os Apóstolos, que, pela fé, deixaram tudo e seguiram o seu
Mestre. E o fizeram para ter uma vida de
comunhão com Ele, para, assim, chegarem ao anúncio do “Kerigma”.
ü Pela fé, homens e mulheres deixaram sua
vida para se consagrarem numa vida de pobreza, obediência e
castidade - sinais concretos de quem aguarda o Senhor. Pela mesma fé,
homens e mulheres confessaram a beleza
de seguir Jesus, no mundo,
nos lugares onde estavam (Família, profissão, vida pública...).
ü São Paulo nos diz “procure a fé” (2Tm 2, 22) “com a mesma constância de quando era novo”
(2Tm 3, 15), porque ela é companheira
da vida, através da qual aprendemos a ter um olhar sempre novo, tudo é visto sob a ótica de Deus;
ü Que o ano da fé possa levar os nossos
corações a uma maior intimidada com Jesus Cristo, como Maria, que é “feliz
porque acreditou”. (Lc 1,45).
A segunda parte da palestra foi sobre A Fé de São Francisco de Assis, que
viveu a fé em Deus, mediante um encontro pessoal com Cristo.
Alguns trechos para reflexão:
ü A fé, para São Francisco de Assis, é o
que revela o verdadeiro sentido de suas
atitudes; é a força que dinamiza
toda a sua vida, onde dormem os segredos mais íntimos da alma e germinam
as opções fundamentais da sua existência.
ü Tudo que ele fazia (a oração, a vida
fraterna, a pobreza, o apostolado etc) era
orientado pela sua experiência de fé em um Deus que é Amor.
ü Para ele bastava somente saber que “o pobre Jesus foi crucificado”(2Cel
105).
ü Fé
Cristocêntrica-Teocêntrica: O
objeto de sua fé é a pessoa de Jesus
Cristo enquanto filho de Deus, enquanto dom do Pai (encarnação) e enquanto amor do Pai (paixão). (...). É em Cristo que Francisco vive o
mistério de Deus.
ü Fé pessoal: Francisco situa sua experiência de fé
no diálogo de pessoa a pessoa,
mergulhando na alteridade de Deus. Portanto, a sua visão situa-se no campo do amor, que toma forma após o
encontro com Crucifixo de São Damião. O Senhor que lhe fala torna-se seu Amado.
ü Fé comprometida: São
Francisco era implacável na coerência -
vida e fé - movendo-se sempre num “santo modo de operar” (RNB 10, 10). Ele
não concebia uma fé que não se expressasse em obras.
ü Fé terna: A fé em sua vida era pura expressão da sua alma apaixonada,
pois partia de uma profunda gratidão,
que perpassava todo seu sentir, naquele que é o Sumo Bem, o portador de todo o Bem.
(Adm 19,1). Idêntica emoção se dava quando o Seráfico Pai estava diante da
Eucaristia (Adm I, 15-21).
ü Fé dinâmica: Francisco queria saber o que o Rei
eterno mais queria ou podia querer dele (1Cel 91). “Não pensava que já tivesse conseguido dominar-se, mas, firme e incansável
na busca da renovação espiritual, estava sempre pensando em começar” (1Cel 103).